Hey Disney Lovers!
A resenha de hoje é em parceria com a editora Universo dos Livros, que como vocês que acompanham nosso site há algum tempo sabem está trazendo os livros da Disney para o Brasil!
Hoje nós vamos falar sobre o livro "A Bela e a Fera", escrito por Elizabeth Rudnick, a mesma que escreveu "Frozen: Um Coração Congelado" que já fizemos resenha aqui no site (relembre AQUI).
E lá vamos nós!
Lançamento: 16 de março de 2017 (Brasil)
Páginas: 208
Autor: Elizabeth Rudnick
Tradutor: Cely Couto
Editora: Universo dos Livros
"Sentimentos são fáceis de mudar mesmo entre quem não vê que alguém pode ser seu par...
Bela deseja para sua vida muito mais do que a pequena cidade provinciana de Villeneuve pode oferecer. Lá, ela se destaca da multidão com um ponto de vista único, uma independência vigorosa e um notável amor pelos livros. Ela anseia por viagens e aventuras, e por uma vida tão empolgante quanto as histórias que lê, mas, quando seu amado pai é aprisionado por uma fera em um castelo encantado, o destino de Bela muda para sempre.
Ao arriscar sua liberdade e seu futuro, ela assume o lugar do pai, jurando-lhe que escaparia em segredo. No entanto, conforme aprende mais sobre a Fera e seu misterioso castelo, Bela descobre que pode haver mais sobre a história dele - e sobre sua própria - do que ela jamais poderia ter imaginado."
Como incita a própria capa, o livro é uma versão do filme de sucesso lançado este ano, protagonizado por Emma Watson e Dan Stevens. Elizabeth Rudnick se baseou primariamente no roteiro escrito por Evan Spiliotopoulos, Stephen Chbosky e Bill Condon para o novo filme, mas também há muitas cenas do livro que foram tiradas da animação clássica de 1991. Ou seja, este livro é, basicamente, uma versão dos dois filmes - tanto o de 2017 quanto o de 1991. E pra ficar melhor ainda (se é que é possível) ainda contém a grande imaginação de Rudnick para cenas inéditas.
O livro começa nos apresentando o mimado e egoísta príncipe da França. Ele está dando um baile em seu palácio, uma festa onde convidou pessoas do mundo inteiro para prestigiá-lo - mas somente os que fossem dignos de sua presença estavam ali. Somos apresentados brevemente aos criados, que servem ao príncipe fielmente, e apesar de seu comportamento mesquinho o amam do jeito que ele é.
A reviravolta em sua vida de luxo e riquezas acontece quando uma velha pedinte aparece nas portas do palácio para pedir abrigo contra a tempestade que cai do lado de fora. Em troca do favor, a velha oferece ao príncipe uma linda rosa, mas ele a esnoba e se enraivece com a presença da velha, ordenando que ela se retire. Ela o avisa para que o príncipe não julgue as pessoas pela aparência, e vendo que mesmo assim ele não cede, a velha se transforma em uma poderosa feiticeira. O príncipe implora por perdão, mas já era tarde demais. Ela então joga uma maldição no castelo e em todos que lá viviam - pegando todos os criados. Transformando o príncipe em uma fera horrenda, a feiticeira lhe entrega a rosa, que vem a ser mágica, dizendo-lhe que quando a última pétala cair ele permanecerá uma fera para sempre, e a única maneira de reverter a maldição é que ele aprenda a amar alguém que não seja a si mesmo e seja correspondido.
Tomado pelo ódio, o príncipe se escondeu no castelo por muito tempo, sem esperanças, apenas observando cada pétala da rosa cair dia após dia, determinando seu tempo. Todos fora do palácio pareceram esquecer a existência do príncipe e dos criados, como se nunca tivessem existido. Eles permaneceram escondidos na floresta que se formou densa ao redor do palácio, diminuindo as chances da Fera de encontrar alguém que o pudesse libertar da maldição. Além disso, se alguém o encontrasse, quem seria capaz de amar um monstro?
Então conhecemos Bela, uma jovem linda, doce, determinada e muito inteligente que vive com seu pai na vila de Villeneuve, um lugar onde as pessoas vivem da mesma forma diariamente, numa rotina sem fim, são preconceituosas, não aceitam o novo, o conhecimento, e julgam Bela por saber ler e ser inteligente. Escola? Somente para os meninos da vila, e a única biblioteca possui poucas dezenas de livros que pertencem ao padre Robert, mas ninguém ali além de Bela se interessa em lê-los.
Só há uma pessoa em toda vila que se interessa e muito por Bela, e é Gaston, um homem alto, forte, e completamente diferente de Bela. O que Bela tem de bonita tem de inteligente, enquanto o que Gaston tem de belo tem de ignorante. Ele serviu a França numa guerra contra Portugal há 12 anos, e continua se gabando do que fez em combate - o povo de Villeneuve o tem como herói, por isso ele tem tanta credibilidade ali. Seu companheiro e braço direito é LeFou, um homem baixinho e gorducho que ama Gaston e o defende em tudo o que faz, embora às vezes tenha dúvidas e sente que o que está fazendo é errado. Ele chama sua amizade com Gaston de "Le Duo", mas Gaston pouco se importa com ele, somente quando lhe convém.
O sonho de Gaston é casar-se com Bela, mas a jovem jamais se casaria com um homem como ele, e por mais que ele insista ela sempre diz "não" a todas as propostas que ele lhe faz.
Quando o pai de Bela, Maurice, parte para a província vizinha para vender as caixinhas de música que faz, Bela lhe pede que traga de presente uma rosa, algo que ela sempre lhe pede. Acontece que desta vez Maurice e seu cavalo Philippe acabam se perdendo na floresta. Para fugir dos lobos que os perseguem, eles fogem para um castelo que encontram no meio do nada - o castelo da Fera. Para agradecer pelo refúgio, Maurice entra no castelo e não encontra ninguém - embora ouça vozes sussurrando ao seu redor que, ele não sabe, mas vêm dos criados do príncipe que foram transformados em objetos. Ele só descobre isso quando Zip, uma xícarazinha vai servi-lo e conversa com ele.
Assustado, Maurice sai correndo, mas antes de deixar o castelo arranca uma rosa do jardim da Fera para entregar à sua filha. Só que ele não esperava que a enorme e raivosa Fera o observava, capturando-o e aprisionando-o em seu palácio por roubo.
Quando Bela encontra Philippe sem seu pai e parte para encontrá-lo, é levada para o castelo da Fera. Inconformada com o que a Fera fez ao seu pai por conta de uma rosa, Bela se oferece para ficar como prisioneira em seu lugar, prometendo secretamente ao pai que fugiria o quanto antes dali. A Fera então liberta Maurice, que sai em busca de ajuda dos moradores de Villaneuve para libertar sua filha.
A princípio, claro, Bela e a Fera se veem como inimigos. Bela conhece os criados do castelo que são objetos falantes: Lumière, um candelabro elegante, Horloge, um relógio resmungão, Madame Samovar e seu filho Zip, que são um bule e uma xícara, Plumette, uma espanadora que é amante de Lumière, e o casal Cadenza e Madame de Garderoube, que são um piano e um guarda-roupa. Assim como Bela se encanta com eles, eles se encantam com a garota, pois esperam que ela seja capaz de quebrar a maldição que caiu sobre eles.
Mas Bela continua relutante sobre se aproximar da Fera, e a Fera, após anos de raiva e sofrimento, esqueceu-se de toda sua gentileza e delicadeza. Somente após uma reviravolta marcante na vida dos dois, Bela percebe que a Fera não é diferente dela, e um aprende a enxergar o outro de um jeito diferente, alimentando ainda mais as esperanças dos criados para que a maldição seja quebrada.
Porém na vila de Villeneuve, Gaston tem um plano maligno cujo foco é única e exclusivamente seu casamento com Bela.
Será que dará certo? Será que a maldição do castelo será quebrada e Bela e a Fera irão declarar seu amor um pelo outro? O que você pode esperar é uma sequência de eventos inesperados que irão definir o destino desses dois enquanto nos passa uma bela moral: a beleza está no interior das pessoas.
Com relação à escrita, eu me apaixonei pela forma como Elizabeth Rudnick escreve desde que li "Frozen: Um Coração Congelado" escrito por ela. Elizabeth não só faz o seu trabalho pegando o roteiro do filme e escrevendo uma prosa conforme o que está ali, mas vai além - ela cria cenas novas que se encaixam perfeitamente na história, além de - como aconteceu especificamente neste livro - usar como base a animação de 1991 que tanto amamos. Ela vai fundo nos sentimentos de cada personagem e trabalha suas emoções de um jeito único. Você entende como é ser cada personagem, coloca-se no lugar deles através do trabalho feito com a descrição de emoções que a autora faz.
Como já conhecia o trabalho de Rudnick através do livro de "Frozen", quando peguei o livro de "A Bela e a Fera" já sabia que não ficaria entediado com a leitura e que poderia esperar várias surpresas. Todas as altas expectativas foram cumpridas. Sempre que você pegar uma adaptação de algum filme da Disney feita por ela, será como ler a história pela primeira vez, mesmo já sabendo o que vai acontecer. Nunca será mais do mesmo, Elizabeth nunca faz uma cópia exata do filme, com os mesmos diálogos e as mesmas cenas (como Rico Green fez com o primeiro livro de "Descendentes" - confira a resenha AQUI). Espere sempre o novo.
Dito isso, minha nota para este livro não poderia ser outra:
5 de um total de 5 pontos - nota máxima!
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Até a próxima!
Boa leitura!
